terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Crítica: João e Maria: Caçadores de Bruxa

A primeira coisa a se falar sobre esse filme é: se você tem interesse em assisti-lo, faça isso sem compromisso, sem esperar por uma obra de arte ou o filme do ano! Foi assim que eu o assisti. Fui ao cinema junto de minha namorada e realmente não sabíamos o que assistir, até que o cartaz do mesmo chamou minha atenção, e eu pensei, por que não?

Agora é moda, fazer filmes de contos de fadas, de HQs e todas essas adaptações que sempre geram uma grana legal para os produtores. O ruim disso é que às vezes o filme não tem aquela profundidade, aquele charme que te faça pensar nele durante dias. Filmes extremamentes comerciais são o que mais se tem hoje em dia! Bom, não é que João e Maria estejam livres disso, mas para ser sincero (e serei), é um filme bem agradável e pode sim te divertir!




A trama principal, na verdade funciona como uma continuação do conto de fadas original, e aqui João e Maria já são adultos, e aquela velha cena do livro onde encontram a casa da bruxa feita de doce, é apenas o inicio de tudo. Mas não espere muito do enredo, pois ele é bem simples (diga-se fraco). O filme também não é longo (pouco mais de 80 min.) e as coisas acabam acontecendo depressa, e todas as personagens são apresentadas de forma bastante grosseira, alguns até desnecessários para a trama. Mas se você pensar bem, para a proposta do filme, esse tipo de enredo pouco enrolado, é até uma boa.

Os atores se encaixam bem no filme também, Jeremy Renner (João) já é conhecido por filmes com cenas de ação, e ele faz bem as suas partes. E Gemma Arterton (Maria) o típico rosto Benito também tem boas cenas no filme, e até melhor que o seu "irmão". A construção das personagens é bem básica, aqueles que estamos acostumados a ver, como o Herói que não gosta de falar muito e nem se envolver com outras pessoas, mas está sempre disposto há salvar o dia. Não espere se emocionar muito, nem mesmo naqueles momentos onde alguma tragédia acontece. O filme tem foco na ação e isso fica bem claro, já que as lutas quase sempre têm muita pancadaria e violência a rodo, com direito a cenas de corpos explodindo ou sendo desmembrados, com aquele toque de terror antigo que deixa as coisas mais interessantes. Acrescente também pequenas doses de humor, claro não podia faltar.

Se tiver um ponto que eu particularmente adorei, foram as Bruxas. Tenho que admitir, todas elas estão bem criativas e distintas umas das outras. As principais inclusive possuem seu ar horripilante sem perder a sensualidade feminina, e já outras são bem medonhas e parecem ter saído de alguma “Sexta feira 13” da vida (encarando pelo lado bom da coisa). Os efeitos especiais não decepcionam, cumprem o seu papel. Seja a parte gráfica do computador, ou as maquiagens das bruxas (já citadas). E tudo isso junto geram algumas cenas de encher os olhos.

Existem também pontos bem estranhos para o filme, como os equipamentos de João e Maria, armamentos que não condizem muito com a época aparente do filme, e uma doença bem mal colocada de João. Mas são coisas que podem passar batidas se você considerar que não é um filme para ser levado a sério.

De modo geral, João e Maria não é um filme ruim, eles podem e devem gerar algumas risadas e alguns sustos e entreter bem seu publico, mas também está muito longe de ser uma grande Obra.
Não é nenhum daqueles filmes que você deve ver antes de morrer, mas também não te fará mal algum perder 85 minutos assistindo ele. Dou ênfase no que eu disse no inicio, assista-o sem compromisso algum e você terá muitas surpresas agradáveis!


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